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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Ganhador da Beta Key Nº 19

Parabéns Donilo!

Ele escreveu um conto bem legal!
Da pra ver que o cara gosta de escrever e se esforçou no texto!
Quem quiser ver outros trabalhos e textos do Donilo, ele mando o link do Blog!

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Eles se prepararam duramente, anos de treinamento com espadas e escudos, montando as mais diversas criaturas e aprendendo técnicas fantásticas que somente os mestres antigos conheciam. Naquela noite eles colocariam em prática tudo que aprenderam até ali, a cidade de orgrimmar contava com eles, não podiam falhar.

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A lua subia rapidamente no horizonte enquanto o Orc  amolava sua espada longa, a sua volta o acampamento explodia em sons diferentes: alguns trolls  treinavam com arcos, uns undeds praticavam as artes negras e outros goblins estavam furtivos, esperando qualquer sinal de movimento inimigo envolta. O Orc não se importara com nenhum deles, sua espada era a prioridade, havia feito ela com o mais duro minério de Hellfire Península, nunca havia usado, sempre deixara guardada, esperando o momento certo e ele sabia que aquela noite era a sua vez de brilhar.

Montado em uma espécie pavão-galo gigante, o comandante da tropa, um robusto Elfo Sanguinário grita palavras de ordem para que todos se organizem:

“É hoje meus caros, a noite na qual todos nós aguardávamos chega. Finalmente colocaremos um fim nessa organização grotesca chamada Aliança. PELA HORDA!”

Todos gritaram em coro “Pela horda!” menos o Orc, ele apenas se levanta e arruma suas coisas. O dirigível esperava por eles na torre, um por um eles foram subindo, “Um pequeno exército.” o Orc pensava, vai ser difícil vencê-los mas o elemento surpresa está conosco, eles não sabem o que esperam.

O barco voador atravessou o oceano e atracou em um acampamento no meio de uma floresta tropical. O Orc se lembrara dali, há tempos ele percorrera estes mesmos caminhos em busca de objetos místicos em templos perto dali, sua juventude era seu maior tesouro, uma pena que seus companheiros de viagem sucumbiram na batalha de Tanaris, ele desejava lutar ao lado deles novamente, mas por enquanto ele só podia jurar vingança aos malditos humanos que os mataram.

Depois que o pequeno exército se alimentou com carne de javali alguns dos membros do exército foram reunidos em uma sala pequena para discutir estratégias de combate, por um momento o Orc pensou que seria chamado, mas não foi, apenas magos e clérigos compareceram, o velho clichê de que guerreiros não são bons com a inteligência.

Não demorou muito para que todos fossem enviados para o pátio, sobre o som das trombetas a marcha recomeça. Alguém reclama que está com bolhas nos pés, dizendo que preferia voar com um manticore, mas ninguém lhe dá atenção, o Orc observa a expressão de alguns, embora todos sejam veteranos de batalha eles estão com medo de uma ofensiva tão ousada como essa.

A parte mais difícil foi cruzar a ponte estreita, mas fora isso o grupo não encontrou nenhum outro problema. Quando chegaram perto do rio que inicia as terras do castelo inimigo os caçadores retornam, eles tinham sido enviados na frente pra evitar qualquer surpresa:

“Comandante, os castelos estão vazios, nosso amigo Trokarg entrou lá invisível e viu que não tinha ninguém, até as torres estão vazias senhor!”

  Um murmúrio percorreu a tropa, muitos falavam de emboscada ou traição, até que o Comandante pede calma a todos e manda a retomada da marcha. Muitos resmungam palavrões, mas mesmo assim seguem o caminho. O orc não tinha medo de armadilhas, por diversas vezes já caíra em armadilhas nos chamados Battlegrounds e sempre conseguia sair delas majestosamente. Mas um barulho entre as árvores corta seus pensamentos e imediatamente ele puxa a espada, se fosse nos tempos antigos ele teria esmagado aquele crânio, mas hoje os seus olhos estavam suficiente treinados pra identificar um inimigo de um aliado: Um druida, trajado com as cores da Horda surge.

“Meu senhor, encontrei o local de esconderijo deles!”

Foram as palavras certas, o pequeno exército se sentiu motivado e todo o medo sumira de suas faces, o Comandante nada disse, apenas ordenou para seguir o druida.

E assim foram, entre tropeços e arranhões, no meio de árvores e galinhas eles encontram uma velha torre, grande o suficiente pra caber muitos e ainda por cima fortemente iluminada, sem dúvida os inimigos estavam ali, dava pra escutar o som de risadas e canções vindas do interior do local. A tropa inteira teve seu momento de excitação no auge, mas foi cortado pela voz do comandante:

“Vocês sabem que sigo ordens do Alto, não faço nenhum movimento se o meu Deus não ordenar, e nesse momento ele nos ordena que sentemos e esperemos, quando o momento oportuno vier, o ataque começa.”

 Não ouve discussão, o paladino fora nomeado Comandante pelo próprio Rei de Orgrimmar, além de pertencer a guilda mais famosa de todos os tempos “Exodus”. O Orc não ficou satisfeito mas não podia argumentar, teve que esperar.

 E assim ficaram, os primeiros dez minutos foram fáceis, até que os próximos se tornaram torturantes, alguns da tropa chegaram até a dormir enquanto a festa dentro da torre parecia não ter fim. O Orc sabia que tinha que fazer algo, adorava quebrar o gelo e comprar as brigas, sabia que isso colocaria em risco a vida dos seus companheiros mas não podia esperar um minuto sequer, empunhou sua espada e se levantou.

Atrás dele ele ainda conseguiu ouvir os protestos do Comandante, pedindo para que ele parasse, mas ignorou. Colocou todas as suas forças em seu corpo e rompeu de vez a porta lacrada, o que ele viu causou um tremendo espanto: Os membros da Aliança estavam jogando uma espécie de jogo de cartas brilhantes que tinham algum tipo de mágica.

Todos imediatamente olham para ele parado com olhos arregalados pra aquela confusão de mesas mas ninguém faz nenhum movimento para pegar armas ou lançar feitiços. Foi apenas uma anão que quebrou o silêncio e se virou para o Orc com uma caneca de cerveja na mão dizendo:

“Quer jogar?”

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